Uma triste realidade. O crime do assédio moral (agressões de variadas modalidades) prolifera nas escolas, principalmente daquelas localizadas em bairros periféricos. Mas quem poderia ser o principal agente de reação contra esta covardia, ignora o problema, e às vezes ainda culpa e penaliza ainda mais a vitima, no caso, crianças e jovens estudantes indefesos. Mas, até mesmo num tradicionalíssimo colégio da capital, sob os “olhares vigilantes” de muitos, os estudantes não escapam a estas práticas vergonhosas. Nas faculdades a situação também é grave e o “terrorismo” impera em alguns cursos na área da saúde.
A ocorrência de assédio moral em instituições de ensino é grave e transcende o aspecto pedagógico, acabando por envolver as áreas do direito e da saúde. Negar a ocorrência de assédio moral nas escolas e faculdades é também contribuir positivamente, lamentavelmente, para esta prática criminosa. Num clima de terror constante, será que haverá algum acadêmico disposto a correr riscos e denunciar esta covardia?
Faz-se mister salientar que esta prática criminosa sobrevive graças à omissão, prevaricação ou negligência da instituição. O medo de represálias, ou de manutenção no emprego (no caso das faculdades e escolas particulares) acabam instituindo a Lei do Silêncio.
O assedio moral é toda e qualquer conduta que pode se dar através de palavras ou mesmo de gestos ou atitudes, que traz dano à personalidade, dignidade ou integridade física ou psíquica de uma pessoa. A situação é grave e merece mesmo uma profunda avaliação não no sentido de se declarar uma “caça as bruxas”, mas de mudança de atitude.
O “pecado” da omissão é muito grave, e poderá repercutir negativamente no decorrer das atividades dos futuros profissionais. É difícil sobreviver num clima de repressão, de desrespeito, de transgressão constante.
Gritos, palavras ou posturas agressivas e de rigidez não se traduzem em cuidado dos mestres para que seus atuais alunos não venham a cometer erros no futuro. Muito pelo contrário, esses futuros profissionais devem ser permanentemente orientados que mesmo em situações adversas tenham sempre uma conduta de respeito, de solidariedade e de profissionalismo. A situação é preocupante, pois um só “Profissional” pode “assassinar” várias pessoas ao mesmo tempo.
O assédio moral pode ocorrer no seio das instituições de ensino de diversas maneiras, tanto nas relações entre professores e alunos quanto nas relações entre alunos. É claro que neste tipo de ocorrência deve ser levada em consideração que o problema consiste em duas vertentes: a ação de profissionais problemáticos e a ação daqueles que efetivamente se encontram doentes, debilitados
O objetivo do assediador no sistema educacional é motivar a sua vítima a pedir transferência, abandonar o curso, prejudicar enquanto pessoa, ou buscar através desta forma criminosa de pressão, obter outros tipos de vantagens, inclusive no tocante a relacionamento sexual.
A prática de assédio moral em estabelecimento de ensino se concretiza através dos seguintes fatores: recusa de comunicação direta; isolamento do aluno; impedimento de expressão; reprovação injustificada; imposição de condições exageradas de avaliações; delegação de tarefas impossíveis de serem cumpridas, ou que normalmente são desprezadas pelos outros; determinação de prazo desnecessariamente exíguo; não repasse de atividade; fragilização, ridicularização, inferiorização, ou humilhação pública ou não do aluno/aluna; manipulação de informações de forma a não serem repassadas com antecedência necessária; estabelecimento de vigilância específica sobre determinado aluno/aluna; comentários de mau gosto, quando da ausência do aluno/aluna; e a divulgação de boatos em sala de aula.
O verdadeiro assédio moral na escola não se associa a qualquer atitude isolada, mesmo que violenta, contra o aluno, mas está associado a toda violência que se pratica de forma repetitiva, sistemática, ferindo a dignidade ou a integridade física ou mental dos alunos
Em alguns casos de assédio moral no mundo acadêmico (escolar) tem se verificado a partir das tais improvisações do magistério superior. Um excelente e destacado profissional no mundo dos negócios, não se traduzirá rigorosamente num regular professor. A falta deste preparo pedagógico tem de certa forma acarretado inúmeros dissabores.
Efeitos do assédio moral no sistema educacional: queda da auto-estima; depressão; angústia; crises de choro; mal-estar físico e mental; cansaço exagerado; estresse; insônia; pesadelos; isolamento; tristeza; uso de álcool e drogas; tentativa de suicídio; diminuição da capacidade de concentração ou memorização; aumento de peso ou emagrecimento; aumento da pressão arterial e se acometido – agravamento de moléstias: surgimento de novas doenças; e sensação negativa em relação ao futuro.
O que fazer diante do problema? O asseio moral é uma agressão difícil de se provar. As testemunhas (em grande parte alunos/alunas se relacionam diariamente com o assediador ou assediadora) e acabam não querendo interferir, porque obviamente temem represálias eventuais. Assim sendo, o ônus da prova incumbe (via de regra) a quem alega ser vítima.
Desta forma ao se instalar este tipo de ocorrência a vítima deve adotar os seguintes procedimentos: colher provas; fazer anotações das citações, observando a data, local e pessoas presentes; guardar bilhetes, mensagens; guardar avaliações e trabalhos; pedir um comparativo em relação ao trabalho apresentado pelos demais colegas; solicitar por escrito o que está sendo avaliado nas questões subjetivas; e na medida do possível se relacionar com o assediador sempre em local público e preferencialmente com pessoas estranhas ao ambiente.
Os alunos devem conscientizar-se, também, de que têm direitos garantidos nos regimentos de suas escolas. Para a defesa de tais direitos, não devem abrir mão de unir-se em seus diretórios acadêmicos. A partir da força que têm, por lei, tais entidades estudantis, os alunos poderão divulgar melhor os seus direitos – muitas vezes solapados, de forma consciente ou inconsciente, pelas próprias instituições de ensino! – e exercer a denúncia quando identificarem abusos
É importante ainda que a família da vítima esteja sendo permanente informada destas situações, até mesmo como forma de apoio e orientação.
FONTE:Paulo Ayres: Jornalista, Radialista, Professor, Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, Técnico Legislativo, e Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Principais funções e cargos exercidos: Diretor de Habilitação, Medicina e Educação de Trânsito e Chefe de Gabinete – DETRAN/RO; Assessor de Imprensa da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia; Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Rondônia; Presidente do Lions Clube de Porto Velho Centro; e Presidente da Associação dos Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos do Estado de Rondônia.
Prof. Wilson Aragão Filho
Univ. Fed. do Espírito Santo
Univ. Fed. do Espírito Santo









Vários estudos, ao longo dos anos, demonstram que a capacidade que os bebês têm de aprender é muito maior do que aquilo que se pensava e que, com os estímulos adequados a cada fase, poderemos contribuir para um melhor desenvolvimento do bebê. Estes estudos também demonstraram que os bebês precisam de estímulos para se desenvolverem a todos os níveis: intelectual, motor e social. Ao estimular o seu bebê, além de o ajudar nestes três níveis, está a estabelecer laços afetivos que serão a base emocional que apoiará todo o seu desenvolvimento e o acompanhará toda a sua vida.
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