A origem do sorvete
A origem do sorvete causa polêmica, mas ele é
unanimidade na hora em que a temperatura sobe,a primavera está apenas no começo
e os termômetros já dizem que é tempo de vestir o menor número de roupas
possível e de se refrescar quantas vezes por dia você puder.
Fonte pesquisa: internet
A trajetória do sorvete
Entre fatos e lendas, alguns historiadores
acreditam que possa ter sido Alexandre o Grande (356-323 a.C.), rei da
Macedônia, o introdutor do sorvete na Europa. Outra corrente de pesquisadores
atribui o feito aos árabes, que teriam aperfeiçoado a receita chinesa, ensinando
aos europeus como ligar a neve aos demais ingredientes.
Também há relatos de que Nero, o temido
imperador de Roma (54-68 d.C.), era um grande apreciador do sorvete. Dizem que
ele enviava escravos corredores até as montanhas em busca de gelo para seus
aperitivos de frutas e mel e quem não conseguisse fazer o percurso sem que a
neve derretesse era executado! Mas as receitas do imperador nunca foram
encontradas. Se a história é verdadeira? Vai saber...
No século XI, os árabes já haviam dedicado uma
seção inteira ao sorvete em um de seus fabulosos livros de culinária, escrito
por Wusla Hila al Habib. A palavra sorvete também é de origem árabe, vem de
xarab, que depois os turcos mudaram para xorbet.
O Folclore da história do
sorvete
Fazendo uma rápida busca na Internet ou mesmo
em livros, você encontra várias histórias fascinantes sobre a trajetória do
sorvete ao longo do tempo. A maioria, no entanto, não passa de folclore.
De acordo com contos populares, o explorador
Marco Pólo (1254-1324) teria conhecido o sorvete em sua viagem à China e o
levado para a Itália. Tempos depois, cozinheiros italianos de Catarina de Médici
teriam levado o maravilhoso prato para a França, quando, em 1533, ela se casou
com Duque de Orléans, que mais tarde se tornaria o rei Henrique II. A neta de
Catarina de Médici teria levado a receita para a Inglaterra ao se casar com o
rei Carlos I, que pagava uma pensão vitalícia ao seu cozinheiro, para que este
não divulgasse a tal receita secreta.
Mas, segundo o livro Ices: The Definitive Guide
(Sorvetes: o Guia Definitivo), de Caroline Liddell e Robin Weir, o mais provável
é que essas histórias tenham sido inventadas por mentes criativas (e põe
criatividade nisso!) de produtores e vendedores de sorvete do século XIX. A
desconfiança ocorre, porque elas não são mencionadas em nenhum documento
anterior a essa data.
Sorvete, da Europa aos Estados
Unidos
Por muito tempo, a produção de sorvete foi um
luxo reservado a poucas pessoas, porque dependia do gelo formado na natureza e
de trabalhosos métodos para coletá-lo e armazená-lo. Durante todo o século XVII,
as receitas foram cuidadosamente guardadas, e saborear essa guloseima gelada
ainda era privilégio dos que freqüentavam os palácios reais.
A partir do século XVIII, no entanto, o consumo
de sorvete começou a se espalhar pela Europa. Em 1768 foi publicado, na França,
o primeiro livro do Ocidente a revelar receitas de sorvete, A Arte de Fazer
Sobremesas Geladas, que também continha explicações teológicas e filosóficas
para o congelamento da água.
Em 1770, o sorvete cruzou o Atlântico até os
Estados Unidos, levado pelo italiano Giovanni Bosio. No início do século XIX,
Filadélfia passou a ser conhecida como a capital do sorvete do país, devido à
grande quantidade produzida e às famosas casas públicas de sorvete da cidade.
Atualmente, os Estados Unidos são o maior produtor e consumidor de sorvete do
mundo!
Em 1843, a norte-americana Nancy Johnson
inventou uma máquina de fazer sorvete que simplificava bastante o processo de
produção, permitindo que qualquer pessoa fizesse sorvete de qualidade em sua
própria casa. A máquina funcionava com uma manivela, girada manualmente para a
mistura dos ingredientes, que ficavam em uma espécie de balde, com uma mistura
de gelo e sal no fundo (não se esqueça que o congelador ainda não tinha sido
inventado).
A partir de 1850, o sorvete começou a se
popularizar e passou a ser vendido a pessoas comuns. Em 1851, o leiteiro Jacob
Fussell, procurando aproveitar o excedente da sua produção de leite, abriu em
Baltimore, nos Estados Unidos, a primeira fábrica de sorvetes do mundo, vendendo
em grande escala e a menos da metade do preço cobrado por outros vendedores!
Em 1865, depois da Guerra Civil nos Estados
Unidos, um grande número de vendedores de sorvete de rua, chamados Homens
Hokey-Pokey surgiu nas grandes cidades. Ninguém sabe ao certo o que quer dizer
Hokey Pokey, mas supõe-se que a expressão seja derivada de algum jargão usado
por vendedores de sorvete italianos. Que coisa, não?
Em 1899, o francês August Gaulin inventou um
homogeneizador que quebrava os glóbulos de gordura e dava uma textura muito mais
suave ao sorvete. Foi durante o século XIX, também, que desenvolveram-se
técnicas que abriram caminho para a criação do primeiro aparelho de refrigeração
mecânica. Com o surgimento de geladeiras e congeladores no início do século XX,
aumentou a produção e o consumo de sorvete, levando ao aparecimento de novas
indústrias.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1941-1945), o
sorvete já era tão popular, que fazia parte da lista de itens essenciais para
manter o ânimo das tropas americanas, como cigarros, refrigerantes e chicletes.
A fabricação de sorvete para civis tinha sido reduzida, com o intuito de
economizar leite e açúcar.
Fonte: invivo.fiocruz.br
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